Ora o que será que nos falta para nos situarmos
entre os melhores sistemas educacionais da atualidade?
Comecemos pelo próprio conceito de sistema
educativo segundo Bartolomeu Santos Varela:

“Entendendo um sistema como
um conjunto de elementos organizados para a prossecução do mesmo fim, o sistema
educativo pode ser definido como um conjunto integrado de estruturas, meios e acções
diversificadas que, por iniciativa e sob a responsabilidade de diferentes
instituições e entidades públicas, particulares e cooperativas, concorrem para
a realização do direito à educação num dado contexto histórico.
Dito de outro modo, o sistema educativo vem a ser um conjunto de estruturas e instituições educativas que, embora possuam características ou peculiaridades específicas, relacionam-se entre si e com o meio ambiente envolvente de forma integrada e dinâmica, combinando os meios e recursos disponíveis para a realização do objectivo comum que é garantir a realização de um serviço educativo que corresponda, em cada momento histórico, às exigências e demandas de uma sociedade.”
Dito de outro modo, o sistema educativo vem a ser um conjunto de estruturas e instituições educativas que, embora possuam características ou peculiaridades específicas, relacionam-se entre si e com o meio ambiente envolvente de forma integrada e dinâmica, combinando os meios e recursos disponíveis para a realização do objectivo comum que é garantir a realização de um serviço educativo que corresponda, em cada momento histórico, às exigências e demandas de uma sociedade.”
Então vejamos: temos o suporte legal
com a Lei de Bases do Sistema Educativo n.º 46/86, de
10 de Outubro http://intranet.uminho.pt/Arquivo/Legislacao/AutonomiaUniversidades/L46-86.pdf que sucintamente pretende:
-assegurar
o direito à educação e à cultura para todas
as crianças;
- escolaridade obrigatória alargada para
nove anos;
- a formação de todos os jovens para a
vida ativa;
- o direito a uma justa e efetiva
igualdade de oportunidades;
- a formação de jovens e adultos (ensino
recorrente);
- a liberdade de aprender e ensinar;
- a melhoria educativa de toda a população.
A mesma consubstancia os valores
que Delors (2000), no relatório que vos deixei anteriormente http://ftp.infoeuropa.eurocid.pt/database/000046001-000047000/000046258.pdf, reiterava, propondo
uma
educação direcionada para os quatro pilares fundamentais da educação:
-
aprender a conhecer
-
aprender a fazer
-
aprender a viver com os outros
-
aprender a ser

Estamos na sociedade da informação em
que a mesma informação, além de estar muito mais acessível é debatida e
argumentada por tantas vozes, enriquecendo-a, indiscutivelmente. O que parece
faltar é a tal sociedade do conhecimento, o tal aumento do rol de indivíduos que
sabem gerir, processar, entender e argumentar sobre a tal informação acessível
a todos. É esta a diferença. Muitas vezes confundida, a sociedade da informação
está ao alcance de quase todos, mas o conhecimento depende do que é feito com
essa informação. E isso cabe à sociedade, à família e cabalmente, à escola, ao
sistema educativo.

“A sociedade de
informação pode produzir uma sociedade de
conhecimento...
A apropriação da informação é fundamental,
mas
não podemos esquecer de um elemento extremamente
importante
neste processo de apropriação... O sistema
educativo...
A leitura da informação (escrita, visual,..), a
análise
dessa informação deve ser submetida a processos de
literacia
constantes, senão...
Professor António Moreira

Assim,
na premissa de desenvolver os quatro pilares da educação, sugerir-se-iam a
(re)definição de estratégias, objetivos e até de modelos de ensino aprendizagem,
na intenção de nos situar mais à frente no ranking dos melhores sistemas
educativos e sobretudo conseguirmos situar a nossa população na tal sociedade
do conhecimento, culta, informada, formada e transversalmente ativa. Hargreaves (2003:41) dá-nos algumas sugestões:

· Promover uma
aprendizagem cognitiva aprofundada
· Aprender a ensinar de forma diferente da que
foram ensinados
· Empenhar-se numa aprendizagem profissional
contínua
· Trabalhar e aprender em equipas colegiais
· Tratar os pais como parceiros na aprendizagem
· Desenvolver a inteligência coletiva e
basear-se nela
· Construir a capacidade de mudança e de risco
· Estimular a confiança nos processos.
(adaptado de Hargreaves (2003:45)

Referências
bibliográficas:
Jacques Delors (2000) Educação um tesouro a descobrir- relatório
para a Unesco da
Comissão Internacional sobre Educação para o séc. XXI.
http://professorvarela.blogspot.pt/2007/03/sistema-educativo-conceito.html